segunda-feira, abril 14, 2014

RALI DE PORTUGAL = CARROS, COMIDA, BEBIDA E CONVÍVIO…

Como se trata duma promessa que fizemos há uns anos atrás, no dia 3 de Abril rumámos a sul, direcção Castro Verde. Rali de Portugal 2014. Pelo caminho cumprimos outra promessa, comer sopa da pedra em Almeirim.
Desta vez fomos quatro, dado que um não pode falhar aos seus compromissos de empresário óptico.
Instalados nos “apartments”, aviámos amendoim e cerveja ao som das máquinas na super especial dos Jerónimos. E chegada a hora de jantar, os bifes da alcatra foram o repasto antes da visita ao um dos dois bares abertos da vila alentejana, que há noite fica um deserto.
Chichi cama que a viagem foi longa e às sete tínhamos que tirar o cú dos lençóis, sim, porque só para preparos, há gajos que são piores que gajas.
Sexta-feira e pés (carro) ao caminho direitos à especial de Almodôvar e para a mesma zona do ano anterior. Lá chegados, ficámos admirados com o facto de termos ficado a uns 500 metros do troço. Pois é! Nem um quarto das pessoas de 2013. Crise? Dia de trabalho? Não sei. Pouca gente, como eu aliás, gosto.
Nesta primeira passagem deu para perceber os andamentos e claramente Latvalla, Hirvonnen, Sordo, Haninnen e Ogier estavam a um nível superior. Ogier foi aliás o que fez a passagem naquela direita a tirar terra do interior do talude, de forma espectacular. Interrupção do troço devido acidente e aproveitámos para almoçar, porque os ares da serra puxam pelo apetite.
Devidamente instalados, apreciámos as iscas de fígado, queijo, rissóis e croquetes e se calhar mais coisas de que já não me lembro, porque o barulho do champanhe da carica a estoirar e a borbulhar nos copos provoca amnésia e como estava fresco, congela os neurónios.
A toalha é bordada em renda de bilros

À pois é! Champanhe em flutes.

A hora da segunda passagem aproximava-se e numa decisão momentânea fomos à procura doutro lugar para ver as máquinas. E ainda bem! Foi o local mais espectacular de todos durante este rali. E contámos com a colaboração duma GNR que nos deixou circular sem problema.

Esta direita era espectacular, a seguir havia uma esquerda...

Pelo meio recebemos um telefonema do Faria a informar que tinha conseguido tratar dos seus assuntos empresariais e ia ao nosso encontro. O bicho a roer. Malvado. Os ralis têm destas coisas.
Depois do papo cheio de carros e condução nos limites, regresso ao lar para encher o papo de papa. Na ementa bacalhau com grão. De seguida mais uma caminhada ao sítio do costume, para “desmoer” a janta.
Chichi cama, porque no dia seguinte, a noite era mais curta.
Alvorada às seis da manhã.
Oito horas e estávamos junto dos nossos amigos de Leiria que iriam ver o troço de Santa Clara na nossa companhia. Depois duns quilómetros a percorrer o troço de Almodôvar que os pilotos tinham feito no dia anterior e que troço, com curvas a descer de cortar a respiração e de deixar as “bolas” muito pequenas, chegámos a uma espécie de zona espectáculo. Espécie! O ACP insiste em colocar os espectadores em redis, como se fossem animais. Visibilidade zero. Esqueceram-se de cortar a vegetação. Mas eles querem lá saber disso. As pessoas que se desenrasquem. E foi o que fizemos! Travessia de diversos montes com um burro dum marshall atrás de nós, que foi obrigado a desistir e chegámos a uma “bancada” que dava para uma zona rápida de muita condução. E mais uma vez com a colaboração dum jovem guarda da GNR que nos convidou a ver num local fabuloso. Obrigado senhor guarda!
Haninnen, Sordo e Latvalla foram os mais espectaculares. A verdade é que foram todos bons.
E chegava a hora de almoço! E os carros tão longe. Depois duma análise ao terreno e depois de ver um carro a passar num sítio quase impossível, decidimos arriscar e fomos procurar caminho com o jipe dos amigos de Leiria. E chegámos aonde queríamos. Para nós não há impossíveis! Mesa posta e eis que das entranhas do veículo sai um roncas assado à moda Mealhada, mas da zona da Boavista em Leiria. Acompanhado do já famoso champanhe da carica, nem vos digo nem vos conto. Experimentem fazer um repasto destes em boa companhia no meio da serra. Sexo é melhor, mas isto é muito bom!
A tratar do roncas (até o canito comeu)

De volta à bancada, depois dum café e uns bagaços, assistimos à segunda passagem ainda mais espectacular, porque o piso estava mais rápido.
Regresso ao lar, estudo do local do dia seguinte e infelizmente o último, "tratámos" um frango à passarinho. Peregrinação para a água com gás e a caminhada para ajudar à digestão da ave e cama, porque no domingo, o nascer do dia era às cinco e meia. Íamos ver a especial mais distante de todas e tínhamos que procurar um poiso.
A serra algarvia de manhã

Chegados ao local, decorria uma bronca, entre a GNR, um dos directores adjuntos e público, porque segundo soubemos, mais uma vez o ACP, quis meter o Rossio na Betesga e as pessoas revoltaram-se. Como não era nada connosco aproveitámos a confusão e fomos para um local calmo, cheio de nevoeiro, mas junto da estrada. Foi o pior onde estivemos durante este rali. Era uma sequência de curvas a descer com regueiras no meio que obrigavam a levantar o pé.




Apesar de tudo, bom, porque estávamos a ver carros de rali e os melhores pilotos do mundo e isso é o que mais interessa. E de repente o rali chegou ao fim. Estava na hora do regresso, não sem antes termos parado num parque de merendas, para comer e beber o que restava e fazer o balanço de mais esta prova a contar para o mundial. Para o ano há mais.


Presentes: Fernando Jorge, João Miranda, Jorge Faria, Lúcio Pereira e Rui Pereira.

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