Como não podia deixar de ser as 24 horas de Fronteira de 2012 contaram com a nossa presença, mais uma vez a ver os outros a divertirem-se atrás da roda. Mas não pensem que não nos divertimos, é um dia diferente, porque vemos carros durante todo o dia sem sair do sitio e isso não acontece em mais nenhuma competição.
Seis da matina e toca de vestir e preparar parte da tainada. Assar a batata a murro! Oito horas e depois de empurrarmos montes de tralha para dentro da megane lá saímos com a temperatura entre os 0 e os 2 graus, prometia o dia no Alentejo.
Dez e trinta chegámos a Fronteira e o mais importante, comprar uma aguardente velha, porque o vento e o frio eram companheiros para mais esta jornada de luta. De seguida a visita à padaria da terra para comprar casqueiros alentejanos e a visita às boxes que este ano estavam um luxo, dado que o alcatrão substituiu a lama de anos anteriores. Pelo caminho uma cigana bem gira quis vender umas botas timberland e até nos chamou "amori" várias vezes...
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Paddock |
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O eterno UMM |
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Peugeot 504
Renault 5 - uma das grandes máquinas
As 24 horas de Fronteira são sem dúvida uma festa, porque nenhuma outra competição junta carros tão diferentes no aspecto, na preparação e na idade. Desde buggy's novos em folha até a uma velhinha Peugeot 504 com um motor que trabalha como relógio suíço e que mal se houve, há de tudo um pouco. Mas a verdade é quem lá anda se diverte e isso é o que mais importa. Pena temos nós de não fazer o mesmo.
Ainda assistimos à chegada da prova de resistência dos buggys e de seguida partimos para o nosso poiso, verdadeiro camarote num monte alentejano.
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Camarote |
Montar a tenda, acender o fogareiro, assar as chouriças de aperitivo e aviar duas garrafas de vinho para aquecer a alma e principalmente o corpo. Enquanto esta função era desempenhada a preceito, o bacalhau, asa branca da Noruega ia assando, com o branco dos lombos a mudarem de cor e a pedirem azeite fervido com muito alho e alecrim, com a batata a condizer (à pois é, não fazemos a coisa por menos) e temos que aproveitar porque os trafulhas do governo andam por aí a ver se nos põem a pão e água.
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O inicio das 24 horas
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Já aviávamos a tibornada quando os gloriosos malucos das máquinas do tt começaram a passar. Comer um petisco destes e ver carros é do melhor...
Foi até tocar com dedo, beber café bem quente e aviar a aguardente, acompanhando assim mais quatro botelhas de precioso néctar tinto de diversas origens (doc).
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A preparação do banquete |
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Almoço
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A tibornada |
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Borregolas longe do perigo perto da emoção... |
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Este só calça "pneus" de marca |
Ainda fomos até ao castelo, para "desmoer", ponto obrigatório de visita desde sempre e local de passagem espectacular dado que os carros chegam ali bastante depressa.
Nova ida às boxes e aquela hora, já noite, metade dos carros estavam no estaleiro com problemas, situação que também é muito interessante de assistir.
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Anoitecer junto ao castelo |
Nove horas da noite e por causa dum borregola que não podia falhar um compromisso no domingo, não pudemos ver o nascer do dia em Avis tal como previsto desde o "ano anterior" e assim fomos obrigados a dormir em casa e mais uma vez a não ver a chegada das 24 horas. Em 2013 a prova vai ser nos dias 30 de Novembro e 1 de Dezembro...
O mais importante é que foi um dia bem passado, com boa companhia, boa comida e bebida e a ver carros de competição.